E mais uma vez, após uma série de conquistas e liderança do campeonato até pouco tempo atrás, André Bragantini pode dizer mais uma vez que as etapas de Brasília fizeram parte de mais um fim de semana para se esquecer.
Após a decepção em "casa", já que tem mais de seis anos que o piloto paulistano mora em Curitiba, quando ele não conseguiu pontuar em nenhuma das duas baterias do dia 26 de setembro, mais uma vez, após grande expectativa, ele pontuou menos do que gostaria em Brasília.
Novamente André começara o fim de semana indo bem nos treinos livres da sexta-feira. Marcando o segundo lugar no primeiro treino e o primeiro lugar no segundo, a esperança era maior ainda para que o fim de semana fosse produtivo. O carro rendia, o motor também e os resultados apareciam claramente.
O piloto do carro 13 sempre gostou da pista de Brasília, ainda mais do circuito interno, que ultimamente tem sido pouco utilizado. No sábado pela manhã, no terceiro treino livre, terminou em quarto lugar, confiante de que a classificação seria boa.
Na tarde de sábado, começava o treino classificatório para a nona etapa do Trofeo Linea. Com 20 minutos de duração, André crava logo a melhor volta em sua primeira saída. E não precisou de mais. Foi só esperar a segunda parte do treino.
Os seis melhores foram: André Bragantini, Christian Fittipaldi, Cacá Bueno, Alceu Feldmann, José Cordova e Antônio Jorge Neto. André era o último a sair. Nenhum piloto ainda tinha baixado o tempo feito na primeira parte da classificação. Fittipaldi estava na pista quando teve problema com seu eixo e André, o último a sair, estava pronto. Foi justamente quando ele saiu para sua volta rápida, que seu motor estourou, fazendo com que o piloto não pudesse completar a classificação, largando teoricamente em sexto.
Foi aí que mais uma vez a injustiça pegou André. Os motores são todos cuidados e revisados pela mesma empresa, a FTP, e nenhuma equipe tem permissão para mexer e abrir os próprios. É contra o regulamento, até porque a regularidade seria uma das marcas registradas da categoria. Seria. Ao longo do campeonato podemos comprovar que os motores são desiguais e não é pouco, mas sim muito perceptível.
O regulamento, que começou de uma maneira, mudou logo após a primeira etapa. Por quê? Ainda não sabemos. Só sabemos que o Cacá Bueno trocou de motor duas vezes durante as primeiras etapas no Rio de Janeiro, pois simplesmente não gostou do rendimento dos mesmos e não levou nenhuma punição como perda de posições no grid ou algo do tipo.
Ok, o regulamento foi modificado para a terceira etapa em diante. Agora em Brasília, André Bragantini foi injustiçado duas vezes. Algo que nem era de culpa sua ou da equipe, acabou mudando completamente o panorama do seu fim de semana. Depois da classificação e do problema ocorrido com o seu motor, que diversas vezes já tinha dado problema, as esperanças diminuíram. Além de não conseguir registrar tempo e ficar em sexto lugar, teoricamente, o problema não pode ser solucionado pela equipe e André e a equipe Full Time foi obrigada a trocar o motor, causando assim a perda de 10 posições no grid. Sendo assim, André largaria em 16º na nona etapa válida para o Trofeo Linea. E foi o que aconteceu.
Na primeira corrida do dia, após Bragantini cair para último lugar logo na primeira volta, em virtude do carro que morreu na largada, ainda assim conseguiu fazer uma corrida de recuperação e chegar em sétimo lugar. Com a cabeça no lugar, fazendo belas ultrapassagens e sendo limpo, conquistou posições importantes, somando pontos e conseguindo dessa forma largar em segundo lugar na bateria da tarde, já que os oito primeiros colocados são invertidos de posição para a segunda corrida do dia.
Na décima etapa, realizada no domingo pela tarde, André, largando em segundo, vinha bem na primeira volta, sofrendo com constantes ataques dos adversários. Depois de um erro de freada em uma curva, que ele mesmo assumiu posteriormente, e mesmo tendo conseguido acertar o carro em uma bela manobra, Christian Fittipaldi, que vinha logo atrás, acabou acertando André em sua volta ao traçado e causou assim um acidente que não deu chances ao piloto paulistano de voltar para a corrida e para a briga pelos pontos. Pronto. Fim de corrida, fim de fim de semana para o experiente piloto do carro número 13.
Após a tristeza por não pontuar em Curitiba e pelos pontos esperados que não vieram em Brasília, apesar de toda sua boa atuação nos treinos e ainda devido a incoerências no regulamento, André Bragantini perdeu assim a chance de retomar a liderança e ficar mais perto do atual líder, Cacá Bueno.
O vencedor da nona etapa em Brasília foi justamente o novo líder do campeonato, Cacá Bueno e o vencedor da décima etapa foi Christian Fittipaldi. Agora, André se encontra em quarto lugar no campeonato, mas continua na briga. Agora, é pensar nas últimas etapas que serão realizadas dia 12 de dezembro, em Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul.
Segue abaixo a classificação da nona e décima etapa realizadas em Brasília e também a nova tabela do campeonato do Trofeo Linea:
O resultado da 9ªetapa:
1) Cacá Bueno, 12 voltas, 27min52s898
2) José Cordova, a 2s139
3) Christian Fittipaldi, a 3s957
4) Popó Bueno, a 8s360
5) Alceu Feldmann, a 9s598
6) Ricardo Mauricio, a 11s398
7) Andre Bragantini, a 12s116
8) Cesinha Bonilha, a 18s427
9) Jose Vitte, a 18s676
10) Fábio Carreira, a 19s741
11) Ulisses Silva, a 26s242
12) Jorge Neto, a 26s690
13) Clemente Jr., a 28s236
14) Duda Pamplona, a 30s810
15) Fernando Nienkotter, a 30s928
16) Rodrigo Navarro, a 31s313
17) Serafin Jr., a 33s529
18) Cesare Marrucci, a 39s348
19) Betinho Sartorio, a 41s394
20) Giuliano Losacco, a 2 voltas
Não classificados:
Leonardo Nienkotter
Thiago Camilo
Melhor volta: Thiago Camilo em 2min16s744.
O resultado da 10a. etapa (Resultados sujeitos a verificações técnicas e desportivas):
1) Christian Fittipaldi, 11 voltas, 27min40s838
2) Caca Bueno, a 0s271
3) Cesinha Bonilha, a 3s044
4) Popo Bueno, a, 6s035
5) Alceu Feldmann, a, 6s170
6) Thiago Camilo, a, 6s685
7) Jorge Neto, a, 10s433
8) Ricardo Mauricio, a, 11s294
9) Fábio Carreira, a, 14s206
10) Giuliano Losacco, a, 14s608
11) Jose Vitte, a, 15s033
12) Ulisses Silva, a, 16s611
13) Clemente Jr., a, 17s448
14) Rodrigo Navarro, a, 19s604
15) Fernando Nienkotter, a, 20s274
16) Duda Pamplona, a, 23s973
17) Cesare Marrucci, a, 25s250
18) Betinho Sartorio, a, 2min00s548
Não classificados:
José Cordova
Serafin Jr
Leonardo Nienkotter
Melhor volta: Alceu Feldmann em 2min16s130, média de 144,655 km/h
A classificação do campeonato:
1) Cacá Bueno, 83 pontos
2) Christian Fittipaldi, 61
3) Giuliano Losacco, 59
4) André Bragantini, 58
5) Alceu Feldmann, 57
6) Cesar Bonilha, 51
7) José Cordova, 46
8) Serafin Jr. e Popó Bueno, 43
10) José Vitte, 38
11) Antonio Jorge Neto, 33
12) Duda Pamplona, 30
13) Ricardo Maurício, 29
14) Ulisses Silva, 20
15) Clemente Faria Jr., 19
16) Thiago Camilo, 10
17) Leonardo Nienkotter, 7
18) Cesar Marrucci, Rodrigo Navarro e Fabio Carreira, 1
Um comentário:
Eu assiti a prova, foi realmente uma pena o que aconteceu.
Então o motor morreu na primeira bateria? Isso explica porque ele largou lá atrás.
Puxa! Triste mesmo foi o acidente na segunda bateria, naquela hora o André tinha tudo para diminuir a diferença no campeonato pro Caca.
Bom, fico na torcida para que essa maré de azar passe logo e que tenhamos dos pódios em Santa Cruz.
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