Já nos últimos instantes da segunda sessão, e graças aos quatro minutos adicionais concedidos pela direção de prova para compensar uma paralisação por bandeira vermelha, André Bragantini estabeleceu a volta mais rápida dos treinos que abriram nesta sexta-feira a programação da quinta rodada dupla do Trofeo Linea no Autódromo Internacional Nelson Piquet (Brasília). O paulista radicado em Curitiba comandou uma dobradinha paranaense: depois de liderar boa parte da prática, José Cordova terminou em segundo a uma diferença de somente 16 milésimos. Os irmãos Popó e Cacá Bueno apareceram em seguida, perseguidos de perto por Alceu Feldmann, José Vitte e Duda Pamplona, o mais veloz pela manhã.
Bragantini, que caiu para a vice-liderança da classificação geral ao passar em branco há três semanas em Curitiba, comemorou a boa arrancada na Capital Federal. "Além de termos completado todo o programa de trabalho, o carro se comportou bem tanto com pneus velhos quanto com os novos que colocamos no finalzinho. Acredito que todos usaram um jogo zero na segunda sessão, o que nos deixa animados para a briga pela pole. Mas vamos tentar melhorar um pouquinho no último treino livre do sábado e chegar ao qualifying com mais chances", comentou. "Estamos no caminho certo, mas só mesmo amanhã é que saberemos a verdade", ressalvou Bragantini, que elogiou o desenho do circuito do Planalto Central. "Esta é uma pista muito prazerosa, onde é possível extrair tudo o que o carro pode oferecer."
De olho no mapa do circuito, Cordova procurou entender onde poderia estar a ínfima vantagem conquistada por Bragantini no apagar das luzes. "Deve ser numa troca de marchas", brincou o experiente piloto, dono de longa vivência no automobilismo europeu nas décadas de 80 e 90. Cordova disse que o resultado animador não foi surpresa - o companheiro de equipe José Vitte foi o 6º. "Nossos carros já vinham bem. Se não tivéssemos sofrido uma punição em Curitiba, estaríamos muito mais no jogo do campeonato", observou. Cordova acredita que o tempo da pole não deverá variar muito em relação ao da volta de Bragantini. "O que poderá influir, para mais ou para menos, é a temperatura e as condições da pista, dependendo de uma chuva da noite. Depois, é tentar acertar a volta, porque o pico de rendimento de pneus é somente para uma. A partir da segunda, os tempos subirão pelo menos cinco décimos", previu.
O líder do campeonato ficou atrás de seus mais diretos perseguidores, Bragantini e Cacá Bueno, mas não deu maior importância ao resultado final da sexta-feira que o colocou na 11ª posição. "O primeiro dia é para isso mesmo, apenas para trabalharmos no acerto do carro", justificou Giuliano Losacco. Fábio Carreira, o estreante do fim de semana, fez uma adaptação satisfatória e fechou o dia na 17ª colocação. Amanhã, os carros voltarão à pista às 10h20 para os últimos 60 minutos de treinos livres antes das tomadas classificatórias da tarde.
Os melhores tempos da sexta-feira em Brasília:
1) André Bragantini - 2min15s987
2) José Cordova - 2min16s003
3) Popó Bueno - 2min16s305
4) Cacá Bueno - 2min16s315
5) Alceu Feldmann - 2min16s324
6) José Vitte - 2min16s386
7) Duda Pamplona - 2min16s628
8) Serafin Jr. - 2min16s714
9) Antonio Jorge Neto - 2min16s906
10) Christian Fittipaldi - 2min16s989
11) Giuliano Losacco - 2min17s129
12) Ricardo Maurício - 2min17s175
13) Betinho Sartório - 2min17s452
14) Clemente Jr. - 2min17s456
15) Thiago Camilo - 2min17s717
16) Ulisses Silva - 2min17s724
17) Fábio Carreira - 2min17s758
18) Cesinha Bonilha - 2min18s226
19) Leonardo Nienkötter - 2min18s439
20) Rodrigo Navarro - 2min19s733
21) Fernando Nienkötter - 2min20s020
22) Cesare Marrucci - 2min20s191
Fonte: Racing Festival
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